MANILA (Reuters) - As joias da ex-primeira-dama das Filipinas Imelda Marcos, conhecida por seus gastos extravagantes e sua ampla coleção de sapatos, serão colocadas à venda e a quantia arrecadada será revertida para beneficiar a população filipina, disse o porta-voz do governo nesta quinta-feira.
O órgão de recuperação de ativos do governo buscou a aprovação do presidente Rodrigo Duterte para a venda de um dos três conjuntos de joias confiscadas há três décadas, após a destituição do marido de Imelda, o falecido ditador Ferdinand Marcos.
"Eu perguntei (a Duterte): você vai dar sua aprovação para vender? Ele disse sim, contanto que os ganhos da venda beneficiem o público", disse o porta-voz Salvador Panelo a repórteres em Tóquio, onde Duterte está a trabalho.
A coleção, apreendida no Havaí, onde Ferdinand e Imelda Marcos viviam no exílio, inclui um raro diamante de 25 quilates em forma de cilindro, que a casa de leilões Christie's, com sede em Londres, avaliou em 5 milhões de dólares em 2015.
O governo tentou leiloar as coleções no passado, mas Imelda Marcos, agora com 89 anos, contestou a medida. Os três conjuntos da coleção, mantidos em segurança no cofre do banco central, foram avaliados em 6 milhões de dólares em 1991.
Imelda talvez seja mais conhecida por ter deixado para trás mais de mil pares de sapatos quando sua família fugiu das Filipinas depois de uma revolução popular em 1986.
Depois que o ditador morreu exilado em 1989, a família recebeu permissão para regressar e tem retornado à política, com vários integrantes eleitos para cargos públicos.
A ascensão de Duterte ao poder foi uma benção para a família Marcos. Ele apoiou a bem-sucedida campanha da filha de Imelda, Imee, para o Senado, neste mês.
(Reportagem de Karen Lema)