CARACAS (Reuters) - Uma popular jornalista de entretenimento venezuelana presa em Caracas no fim de semana foi libertada, disse o sindicato de imprensa nesta segunda-feira, mas ela enfrenta acusações de terrorismo e está proibida de sair do país, em meio a tensões políticas após a eleição presidencial de 28 de julho.
Carmela Longo, que até a última semana trabalhava no jornal pró-governo Últimas Notícias, foi presa no domingo depois que a sua casa foi invadida pela polícia, disse a União Nacional dos Trabalhadores de Imprensa da Venezuela (SNTP) na rede social X.
Ele foi acusada de terrorismo e de incitação ao ódio durante uma audiência virtual na segunda-feira, e foi na sequência libertada. O seu filho adolescente também foi detido no fim de semana.
Longo não tem permissão de deixar o país ou escrever sobre o seu caso, e precisa se apresentar periodicamente às autoridades, afirma o sindicato, acrescentando que pelo menos oito outros repórteres foram presos depois da eleição.
O tribunal eleitoral venezuelano proclamou a vitória do presidente socialista Nicolás Maduro, que se mantém no poder desde 2013, apesar das atas eleitorais da oposição mostrarem uma vitória acachapante do candidato rival.
O Ministério da Informação e a Procuradoria-Geral da república venezuelanos não responderam imediatamente a pedido de comentário.
(Por Vivian Sequera e Julia Symmes Cobb)