Por Hyunsu Yim
SEUL (Reuters) - Com estátuas de Buda e de deuses locais, velas e incenso, o santuário de Lee Kyoung-hyun parece similar aos dos xamãs coreanos de séculos passados.
Mas a xamã de 29 anos, também conhecida como Aegi Seonnyeo, ou “Bebê Anjo”, capta seus clientes de uma forma moderna: por meio de contas nas redes sociais, com centenas de milhares de seguidores.
“Acreditava-se que o xamanismo era invisível, misterioso e do mundo espiritual”, afirmou Lee, acrescentando ter notado mais xamãs sul-coreanos postando vídeos sobre a prática espiritual desde que ela abriu seu próprio canal no YouTube, em 2019.
A Coreia do Sul está entre as economias mais modernas e de alta tecnologia do mundo. Mais da metade da sua população de 51 milhões de habitantes não tem religião, mostram as pesquisas. Mas o apelo do xamanismo passou no teste do tempo.
Kim Dong-kyu, do Centro Acadêmico de Religiões da Universidade de Sogang, uma instituição privada de Seul, afirmou que os xamãs constumavam se promover por meio de jornais. Foi um “fenômeno natural” se voltarem para as redes sociais, disse.