Por Luc Cohen
(Reuters) - Um juiz dos EUA negou nesta terça-feira uma tentativa dos republicanos de impedir que sete condados no estado crucial da Geórgia aceitassem votos de pessoas ausentes, criticando os advogados do partido pelo que chamou de discriminação contra opositores políticos.
O Comitê Nacional Republicano processou sete condados no tribunal federal de Savannah no domingo, por permitir que os eleitores entregassem votos de ausentes no fim de semana e na segunda-feira. Eles afirmaram que o período de votação antecipada deveria ter sido encerrado na sexta-feira e pediram ao tribunal para proibir que os condados aceitassem as cédulas.
Em uma audiência por telefone nesta terça-feira, que é o dia das eleições em todo o país, o juiz distrital Stan Baker disse que os condados alvos dos republicanos haviam votado majoritariamente em democratas em eleições anteriores.
"Eu estaria invalidando votos apenas nos condados selecionados que os requerentes escolheram a dedo, com base apenas nas preferências políticas passadas dos cidadãos desses condados", disse Baker, que foi nomeado pelo ex-presidente republicano Donald Trump, novamente candidato do partido.
Baker afirmou que os republicanos estavam pedindo para ele "influenciar o resultado desta eleição ao discriminar cidadãos que são menos propensos a votar em seu candidato".
A Geórgia é um dos sete estados cruciais que vão provavelmente determinar o resultado da eleição entre Trump e sua oponente democrata, a vice-presidente Kamala Harris. O presidente Joe Biden venceu o estado sulista em 2020, sendo a primeira vitória democrata ali desde 1992.
(Reportagem de Luc Cohen em Nova York)