Por Jonathan Allen e Rich McKay
BRUNSWICK (Reuters) - Um júri do Estado norte-americano da Geórgia condenou três homens brancos por assassinato, nesta quarta-feira, após o trio perseguir e atirar no jovem negro Ahmaud Arbery enquanto ele corria por seu bairro.
O júri rejeitou alegação de autodefesa, em um julgamento no qual novamente foram abordadas as questões divisivas no país sobre raça e armas.
O veredicto foi proferido pelo júri, composto por um homem negro e 11 homens e mulheres brancos, após cerca de duas semanas de julgamento na cidade de Brunswick, em um caso que debateu se os réus tinham o direito de confrontar o homem desarmado de 25 anos, no ano passado, ao suporem que ele estava fugindo de um crime.
Gregory McMichael, de 65 anos, seu filho Travis McMichael, de35, e o vizinho deles William Bryan, de 52, foram considerados culpados de assassinato, agressão agravada e intenção criminosa de cometer um crime. Eles podem ser sentenciados à prisão perpétua.
Os jurados chegaram aos veredictos no segundo dia de deliberações.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que as condenações mostram que o sistema de Justiça criminal dos EUA está "fazendo seu trabalho", embora o assassinato tenha sido "um lembrete devastador de quão longe temos que ir na luta por justiça racial neste país".
"Precisamos nos comprometer novamente com a construção de um futuro de unidade e força compartilhada, onde ninguém teme a violência por causa da cor de sua pele", declarou Biden em um comunicado.