MINEÁPOLIS (Reuters) - Um júri se reunirá nesta segunda-feira para ouvir se a prisão fatal de George Floyd, que desencadeou um movimento global de protestos dez meses atrás, equivaleu a um homicídio quando começarem os argumentos iniciais do julgamento de Derek Chauvin, ex-policial da cidade norte-americana de Mineápolis.
Ao longo de duas semanas de seleção do júri, muitos jurados disseram ao juiz Peter Cahill, do condado de Hennepin, e aos advogados dos dois lados que entendem o escrutínio a que suas deliberações serão sujeitas, especialmente por aqueles que veem o julgamento como uma avaliação de como as pessoas negras são tratadas pela polícia nos Estados Unidos.
"Demorou muito tempo", cantou um coral gospel na noite de domingo durante um serviço de orações presenciado por familiares de Floyd. "Mas sei que uma mudança está vindo."
A cerimônia aconteceu alguns quarteirões ao leste de onde Chauvin, que é branco, foi flagrado em um vídeo de uma testemunha se ajoelhando sobre o pescoço de Floyd, um negro de 46 anos.
Philonise Floyd, um irmão de George Floyd, disse antes do culto começar que tem fé de que os procuradores de Minnesota condenarão Chauvin.
"O vídeo é a prova", disse.
Chauvin, de 45 anos, declarou-se inocente das acusações de homicídio. Ele pode receber uma pena de até 40 anos de prisão se for condenado pela acusação mais grave.
Seus advogados argumentaram que ele obedeceu o treinamento e que a causa principal da morte de Floyd, que o legista qualificou como um homicídio, foi uma overdose de droga.
(Por Jonathan Allen)