Por Sofia Menchu
CIDADE DE GUATEMALA (Reuters) - Faltando apenas um mês para os eleitores guatemaltecos escolherem um novo presidente, o principal tribunal do país decidiu nesta sexta-feira deixar o favorito nas pesquisas de fora da eleição.
Na semana passada, o empresário conservador Carlos Pineda foi considerado inelegível para concorrer por um tribunal de primeira instância, mas apelou da exclusão de última hora ao tribunal constitucional do país.
"A corrupção venceu, a Guatemala perdeu!" Pineda escreveu no Twitter após o anúncio da decisão de confirmar sua exclusão do pleito de 25 de junho.
A candidatura de Pineda foi originalmente suspensa devido ao que um juiz de primeira instância citou como descumprimento das regras que regem o processo de indicação, como a falha em coletar assinaturas de delegados do partido e apresentar um relatório financeiro exigido.
A decisão do tribunal constitucional nesta sexta-feira basicamente confirma uma decisão anterior, enquanto tumultua a corrida para suceder o presidente Alejandro Giammattei, que está proibido por lei de concorrer a outro mandato.
Antes da desqualificação de Pineda, dois outros candidatos à Presidência haviam sido excluídos da votação, gerando preocupação de grupos de direitos humanos internacionais sobre o processo eleitoral da Guatemala.
Juan Pappier, um representante da Human Rights Watch, classificou as medidas como uma "manipulação clara do judiciário" para garantir um resultado eleitoral preferido.
Pineda liderava todos os candidatos com 22% dos votos em uma pesquisa publicada mais cedo nesta semana.
Com sua saída da corrida, os principais candidatos incluem a ex-primeira-dama Sandra Torres, o diplomata aposentado Edmond Mulet e Zury Rios, filha de um ex-ditador.