Por Kanishka Singh
(Reuters) - Kamala Harris e seu companheiro de chapa, Tim Walz, darão uma entrevista à CNN na quinta-feira, após semanas de críticas dos republicanos e de alguns veículos de mídia de que a candidata democrata à Presidência dos EUA não permitia que os jornalistas a pressionassem com questões.
A entrevista irá ao ar às 21h (horário local) de quinta-feira, informou a CNN em um comunicado nesta terça-feira.
Será a primeira entrevista de Kamala desde que se tornou a candidata democrata, depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, encerrou sua campanha pela reeleição em 21 de julho, após um desempenho ruim no debate.
Embora Kamala tenha ocasionalmente respondido a perguntas de jornalistas sobre assuntos internacionais e política econômica durante a campanha, ela ainda não deu uma entrevista individual à mídia ou realizou uma coletiva de imprensa formal, o que levou o candidato presidencial republicano, Donald Trump, a criticá-la.
A âncora da CNN, Dana Bash, conduzirá a entrevista a partir da Georgia, que é um dos Estados cruciais na disputa, informou a CNN.
Kamala apresentou algumas agendas políticas abrangentes na Convenção Nacional Democrata na semana passada, prometendo um corte de impostos para a classe média e uma política externa forte, enfrentando a Rússia e a Coreia do Norte e apoiando um cessar-fogo em Gaza e uma solução de dois Estados no Oriente Médio.
Espera-se que ela participe de entrevistas individuais, nas quais será pressionada a dar detalhes na corrida final para o dia da eleição, em 5 de novembro, quando ela e Trump se enfrentarão em uma disputa acirrada.
Trump realizou conferências de imprensa e deu entrevistas à mídia nas últimas semanas, mas elas se concentraram principalmente em criticar o histórico do governo Biden em vez de detalhar suas próprias propostas de políticas.
Kamala foi entrevistada pela última vez em junho, quando apareceu na CNN para defender o histórico de políticas de Biden após o debate Biden-Trump e reconheceu que o presidente dos EUA teve um "início lento" naquele debate.
(Por Kanishka Singh e Rami Ayyub)