Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - Com a ausência notável do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Kennedy Center homenageou no domingo os cantores Lionel Richie e Gloria Estefan, o rapper LL Cool J, o produtor de televisão Norman Lear e a dançarina Carmen de Lavallade com prêmios artísticos.
Os Prêmios do Kennedy Center são considerados a maior honraria do país para artistas de várias áreas, e a importância do evento anual costuma ser sublinhada por uma recepção do presidente e da primeira-dama na Casa Branca.
Mas não este ano.
Em agosto a Casa Branca informou que Trump e sua mulher, Melania, não compareceriam para que os homenageados pudessem desfrutar da ocasião "sem qualquer distração política". A recepção da Casa Branca também foi cancelada devido ao fato de alguns dos premiados terem dito que a boicotariam.
De Lavallade, de 86 anos, disse que decidiu que não poderia comparecer a tal evento depois de Trump dizer que extremistas de direita e esquerda tiveram culpa em um comício de supremacistas brancos realizado na Virgínia no qual uma mulher morreu.
"Algo em minha alma... disse não", contou ela aos repórteres.
O espetáculo propriamente dito transcorreu com pouca política e muitos astros.
Músicos como Stevie Wonder, Quincy Jones e Kenny Rogers prestaram homenagem a Richie, dono de sucessos como "Three Times a Lady" e "Say You, Say Me".
Gloria Estefan, cantora e compositora de 60 anos nascida em Havana, foi festejada por sua filha, Emily, que cantou uma versão comovente de "Reach", um dos sucessos de sua mãe.