NAIRÓBI (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, exortou os líderes do Sudão do Sul para que "terminem o trabalho" implementando totalmente um acordo de paz ou enfrentar sanções e um embargo de armas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Seu alerta veio depois de reuniões em Nairóbi na segunda-feira com o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, e ministros das Relações Exteriores de Somália, Sudão do Sul e Sudão para discutir a escalada da violência no Sudão do Sul e a mobilização de uma força de proteção da ONU.
"Realmente cabe ao povo, à liderança do Sudão do Sul liderar e fazer as coisas que prometeram fazer", disse Kerry em uma entrevista à emissora sul-sudanesa "Eye Radio" veiculada na manhã desta terça-feira.
"Se não o fizerem, obviamente pode ser que o embargo de armas e as sanções da ONU se tornem as ferramentas em último caso. Não é o que as pessoas gostariam de ter que fazer, mas nossa esperança é que o governo, o governo de transição, pegue o touro pelos chifres terminem o trabalho", acrescentou.
Os combates do mês passado na capital Juba despertaram temores de que a nação de cinco anos de existência possa voltar a viver uma guerra civil.
Os episódios de violência levaram a ONU a autorizar o envio de 4 mil soldados adicionais da entidade para reforçar sua missão no país.
(Por Lesley Wroughton)