Por Alexandra Alper e James Pearson
WASHINGTON/LONDRES (Reuters) - Três parlamentares norte-americanos pediram maior escrutínio sobre o NewsBreak, popular aplicativo agregador de notícias nos Estados Unidos, depois de a Reuters ter informado que ele possui origem chinesa e usou ferramentas de inteligência artificial para produzir histórias errôneas.
A reportagem da Reuters se baseou em documentos judiciais não divulgados anteriormente e relacionados a violações de direitos autorais, e-mails de cessação de atividades e um memorando da empresa, de 2022, registrando preocupações sobre "histórias geradas por IA", para identificar pelo menos 40 casos em que o uso de ferramentas de inteligência artificial pelo NewsBreak afetou as comunidades que ele atende.
“A única coisa mais aterrorizante do que uma empresa que trabalha com notícias sem checagem e geradas artificialmente é uma com laços profundos com um governo estrangeiro adversário”, disse o senador Mark Warner, um democrata que preside o Comitê de Inteligência.
Legisladores expressaram preocupação com as ligações atuais e históricas do NewsBreak com investidores chineses, além da presença da empresa na China, onde muitos de seus engenheiros estão situados.
Em resposta a um pedido da Reuters para comentar sobre as declarações dos legisladores, o NewsBreak afirmou que é uma empresa norte-americana: “O NewsBreak é e sempre foi uma empresa norte-americana. Qualquer afirmação contrária a isso é inverídica”, afirmou um porta-voz da companhia.