GOMA (Reuters) - O comandante queniano de uma força regional organizada para enfrentar a violência de milícias no leste da República Democrática do Congo disse que renunciou ao cargo devido a obstruções e ameaças à sua segurança, acrescentando dúvidas à viabilidade da missão.
Na carta, com data de quinta-feira, o major-general Jeff Nyagah disse que estava renunciando por causa de uma “ameaça agravada” à sua segurança e um “plano sistemático” para frustrar as operações da força.
Fontes diplomáticas e do governo congolês confirmaram a autenticidade da carta.
No entanto, as Forças de Defesa do Quênia disseram na sexta-feira que Nyagah não havia renunciado, afirmando que a carta escrita por ele era falsa, mas que havia sido nomeado para um cargo de comando em seu país.
Os sete países da Comunidade do Leste Africano (EAC, na sigla em inglês) organizaram a força militar EACRF para tentar encerrar o derramamento de sangue relacionado a décadas de atividade militante no leste do Congo.
Mas seu mandato expirou mês passado, e líderes da EAC expressaram pontos de vista diferentes sobre como a força deveria operar, com o presidente congolês Felix Tshisekedi exigindo uma posição mais agressiva do que a missão de manutenção de paz proposta por outros.
(Reportagem de Sonia Rolley, Paul Lorgerie, Djaffar Sabiti; Reportagem adicional de George Obulutsa em Nairobi)