Por James Pomfret e Farah Master
HONG KONG (Reuters) - A líder de Hong Kong, Carrie Lam, pediu desculpas neste domingo enquanto centenas de milhares de manifestantes vestidos de preto mantinham pedidos por sua renúncia devido a uma lei que permitiria a extradição para a China – e que estimulou um dos protestos mais violentos em décadas.
A chefe executiva da cidade divulgou um raro pedido de desculpas um dia após ela atrasar de forma indefinida uma controversa lei de extradição que permitiria que as pessoas fosse levadas à China para julgamento.
Em comunicado, ela reconhece as "grandes contradições e disputas" em Hong Kong e culpou o mau trabalho do governo sobre a lei pela situação.
“Muitos membros do público estão decepcionados e tristes. A chefe executiva pediu desculpas ao público e prometeu aceitar o fato com a máxima sinceridade e humildade.”
O comunicado veio enquanto manifestantes formavam um mar negro pelas estradas, passarelas e estações de trem pelo centro financeiro de Hong Kong para desabafar sua frustração e raiva pela lei e o modo do governo de lidar com os protestos.
A suspensão dramática do projeto de lei no sábado foi um dos retrocessos políticos mais significativos pelo governo de Hong Kong desde que o Reino Unido devolveu o território à China em 1997, e colocou em questão a habilidade de Lam de continuar liderando a cidade.
(Por Alun John, Jessie Pang, James Pomfret, John Ruwitch, Marius Zaharia, Anne Marie Roantree, Felix Tam, Twinnie Siu, Clare Jim, Noah Sin, Farah Master; Reportagem adicional de Ben Blanchard em Pequim and Fabian Hamacher em Taipei)