Por Parisa Hafezi
DUBAI (Reuters) - O líder supremo do Irã prometeu no sábado retaliar pela morte do principal cientista nuclear da República Islâmica, elevando a ameaça de um novo confronto com o Ocidente e Israel nas semanas restantes da Presidência de Donald Trump nos EUA.
O aiatolá Ali Khamenei prometeu continuar o trabalho de Mohsen Fakhrizadeh, que os governos ocidentais e israelense acreditam ter sido o arquiteto de um programa secreto iraniano para fabricar armas.
O assassinato de sexta-feira, que o presidente do Irã rapidamente atribuiu a Israel, pode complicar os esforços do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, para retomar uma distensão com Teerã moldada quando ele estava no governo de Barack Obama.
Trump tirou Washington do pacto nuclear internacional de 2015 acordado entre Teerã e as principais potências.
Khamenei, que é a autoridade máxima do Irã e afirma que o país nunca buscou armas nucleares, disse no Twitter que as autoridades iranianas precisam assumir a tarefa de “perseguir este crime e punir seus perpetradores e aqueles que o comandaram”.
Fakhrizadeh, que tinha imagem pública discreta no Irã, mas que Israel apontou como um personagem fundamental no que diz ser a busca por armas nucleares do Irã, foi morto na sexta-feira em uma emboscada perto de Teerã, na qual seu carro foi atingido por balas. Ele foi levado às pressas para o hospital, onde morreu.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse em uma reunião de gabinete transmitida pela televisão no sábado que o Irã responderá "no momento apropriado".