MANILA (Reuters) - O presidente filipino, Rodrigo Duterte, afirmou neste sábado que a polícia reassumirá seu papel de liderança na implementação de sua guerra às drogas caso o problema dos narcóticos piore e que ninguém poderá interromper sua campanha, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O líder ordenou que a Polícia Nacional Filipina deixasse a campanha há algumas semanas em meio a um escrutínio sem precedentes da conduta policial, que matou milhares de supostos usuários de drogas e vendedores ambulantes.
"Se os (defensores dos) direitos humanos estão pensando que Trump ou quem quer que os direitos humanos (pensam que) podem me parar, me desculpem", disse Duterte em discurso em evento de negócios em sua cidade natal Davao.
"O problema das drogas, caso se torne pior novamente, a polícia tem que entrar no quadro. Eu quero erradicá-lo se possível", afirmou.
As Filipinas têm recebido críticas internacionais pela morte de 3.900 pessoas em operações anti-drogas nos últimos 15 meses, mas a polícia nega as alegações de defensores dos direitos humanos de que muitas das mortes foram execuções.
A polícia aponta que teve que usar força letal nos casos pois os suspeitos estavam armados e resistiram à prisão.
(Por Enrico Dela Cruz)