BOGOTÁ (Reuters) - Um tribunal na Colômbia concedeu liberdade condicional ao ex-líder paramilitar Salvatore Mancuso. A informação foi confirmada por sua equipe de defesa neste sábado.
Mancuso é ex-comandante das Forças Paramilitares de Autodefesa Unidas da Colômbia (AUC) e foi enviado dos Estados Unidos de volta para Colômbia em fevereiro, depois de cumprir pena por tráfico de drogas no país.
As AUC foram a principal organização paramilitar durante o conflito interno que durou seis décadas na Colômbia e deixou mais de 260 mil mortos e milhões de pessoas desalojadas.
Os advogados de defesa de Mancuso confirmaram a decisão do tribunal superior de Bogotá para a sua libertação e apresentaram uma cópia da decisão, datada de 10 de maio e vista pela Reuters.
Mancuso, acusado na Colômbia de crimes de guerra e violações dos direitos humanos, estava detido em prisão preventiva na prisão de La Picota, nos arredores da capital, desde o seu retorno à Colômbia.
Unidades paramilitares de extrema direita surgiram na década de 1980 com o apoio de agricultores, proprietários de terras e pessoas que procuravam se defender dos ataques de guerrilheiros de esquerda durante a ausência do Estado. Os grupos se envolveram no tráfico de drogas, massacres e violência sexual, entre outros crimes.
(Reportagem de Vivian Sequera e Oliver Griffin)