PARIS (Reuters) - O líder do atentado de Paris voltou à cena dos ataques a tiros e estava perto da casa de shows Bataclan quando a polícia ainda tentava expulsar de lá os agressores que mataram 89 pessoas no local, afirmou o promotor de Paris nesta terça-feira.
Abdelhamid Abaaoud, que morreu na quarta-feira passada durante a operação policial num apartamento de Saint-Denis, no norte de Paris, foi filmado por uma câmera de segurança entrando numa estação de metrô perto de onde um carro com três rifles dentro foi abandonado.
O promotor François Molins disse que Abaaoud saiu do metrô pela estação da Nação na noite dos ataques, em 13 de novembro. O telefone que acredita-se que Abaaoud usava foi detectado no 10º, 11º e 12º distritos de Paris, incluindo em local próximo ao Bataclan, entre 22h28 e 0h28, declarou o promotor à imprensa.
Onze dias depois dos ataques que mataram 130 pessoas, investigadores ainda estão juntando as peças de quem fez o quê, e quando.
Molins afirmou que eles ainda tinham que identificar um morto a tiros pela polícia na casa de shows, os dois homens-bomba do estádio nacional que haviam passado pela Grécia em outubro, e a terceira pessoa que morreu quando a polícia cercou o apartamento de Saint-Denis.
Ele disse que o DNA da pessoa no apartamento, que os investigadores acreditam que se explodiu, foi encontrado num dos rifles AK47 dentro do carro abandonado. As impressões digitais de Abaaoud e do agressor morto Brahim Abdeslam estavam nos outros dois.
Isso significa ser possível que o terceiro homem no apartamento tenha também participado dos ataques, mas isso não está confirmado, declarou o promotor.
Investigadores encontraram uma pistola, fragmentos de granadas e duas vestes suicidas no apartamento.