PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira que seu diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, foi interrompido após a descoberta de assassinatos em massa na Ucrânia.
"Desde os massacres que descobrimos em Bucha e em outras cidades, a guerra tomou um rumo diferente, então eu não conversei com ele diretamente desde então, mas não descarto fazê-lo no futuro", disse Macron ao canal de televisão France 5.
A Rússia classificou as acusações de que suas forças executaram civis em Bucha durante a ocupação da cidade de "encenação monstruosa" com o objetivo de difamar o Exército russo.
Perguntado sobre por que não seguiu o exemplo de outros líderes europeus e viajou até a capital ucraniana, Kiev, Macron disse que a demonstração de apoio por si só não era necessária após a invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24 de fevereiro.
"Eu voltarei a Kiev, mas irei até lá para levar algo de útil comigo... porque é óbvio que eu não preciso viajar até lá para demonstrar esse apoio", disse Macron, acrescentando que falou cerca de 40 vezes com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, desde o início da guerra.
"Se eu for a Kiev, será para fazer a diferença", disse Macron.
O Kremlin diz que iniciou uma "operação militar especial" para desmilitarizar e "libertar" a Ucrânia de extremistas nacionalistas. A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin iniciou uma guerra de agressão não-provocada.
(Reportagem de Tassilo Hummel)