Por Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - A mãe e o padrasto de Tyre Nichols, o homem negro que foi espancado até a morte por policiais de Memphis, nos Estados Unidos, aceitaram o convite para comparecer ao discurso do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o Estado da União em fevereiro.
O diretor executivo do Congressional Black Caucus, Vincent Evans, tuitou no domingo que o chairman da caucus, o deputado norte-americano Steven Horsford, convidou os pais de Nichols a Washington para assistir ao discurso do Estado da União, e eles aceitaram o convite.
Nichols gritou repetidas vezes "Mãe! Mãe!" enquanto cinco policiais de Memphis acusados do assassinato do motorista negro o atingiam com chutes, socos e golpes de cassetete após uma parada de trânsito em 7 de janeiro, mostrou um vídeo divulgado pela cidade na sexta-feira.
Os policiais, todos negros, foram demitidos do departamento de polícia. Nichols, de 29 anos, foi hospitalizado e morreu em decorrência dos ferimentos três dias após o episódio na cidade onde morava com a mãe e o padrasto e trabalhava na FedEx. A polícia também suspendeu um sexto policial em relação com o caso.
O Congressional Black Caucus também disse que está em negociações com a Casa Branca sobre uma reunião para discutir a reforma policial.
A morte de Nichols marca o mais recente caso de destaque de policiais acusados de usar a força excessiva nas mortes de pessoas negras e outras minorias nos últimos anos.
Biden conversou na sexta-feira com a mãe de Nichols, RowVaughn Wells, e seu padrasto, Rodney Wells. A mãe de Nichols espera que a tragédia possa levar a um "bem maior", disse o advogado da família.
Biden fará seu segundo discurso do Estado da União em 7 de fevereiro.
(Reportagem de Kanishka Singh em Washington)