MBANDAKA, República Democrática do Congo (Reuters) - Mais duas pessoas morreram de Ebola e sete novos casos foram confirmados na República Democrática do Congo, disseram autoridades nesta terça-feira, mas a resistência à orientação pública sobre como prevenir a doença estava evidente na capital provinciana.
No mercado central em Mbandaka, onde comerciantes em tecidos coloridos vendem macacos defumados, alguns moradores dizem que não ficaram comovidos pelos alertas para não consumir carne de caça.
"Apesar das suas histórias de Ebola, nós compramos e comemos carne de macaco", disse Carine, mãe de oito crianças. "Nós comemos isso desde sempre. Isso não vai mudar hoje. Ebola, isso está em Bikoro."
Especialistas que estudaram o vírus desde sua descoberta em 1976 nas margens do rio Ebola no Congo, depois em Zaire, dizem que sua origem suspeita está em morcegos de florestas. Ligações também foram feitas às carcaças de animais recém-abatidos que são comidos como carne de caça.
Uma das duas mortes ocorreu em Mbandaka, segundo um boletim diário do Ministério da Saúde. Uma enfermeira também morreu na vila de Bikoro, onde o surto foi primeiro detectado, disse a porta-voz do ministério, Jessica Ilunga, à Reuters.
Os sete novos casos confirmados foram registrados em Bikoro, disse o ministério. Acredita-se que o surto matou ao menos 27 pessoas até o momento.
(Por Patient Ligodi; reportagem adicional de Fiston Mahamba e Tom Miles)