(Reuters) - A Bélgica denunciou mais dois homens de crimes relacionados a terrorismo por suposta ligação com o aluguel de uma propriedade que pode ter sido usada como abrigo antes dos ataques em Bruxelas, disseram promotores federais nesta terça-feira.
Na segunda-feira, as autoridades identificaram os dois acusados como Smail F., nascido em 1984, e Ibrahim F., nascido em 1988, mas não disseram quando foram detidos. Pela lei belga, suspeitos normalmente precisam comparecer perante um juiz avaliador dentro de 24 horas.
As novas detenções elevaram para seis o total de suspeitos presos e acusados desde a semana passada como resultado das investigações em curso desde os ataques a bomba de 22 de março em Bruxelas, que mataram 32 pessoas no aeroporto da cidade e em uma estação do metrô.
"Eles foram acusados de participação nas atividades de um grupo terrorista, assassinatos terroristas e tentativa de cometer assassinatos terroristas como perpetrador, co-perpetrador ou cúmplice", informaram os promotores federais a respeito dos dois últimos acusados.
A polícia invadiu a casa em que eles supostamente se abrigavam no bairro de Etterbeek, no centro da capital belga, no sábado, mas não encontrou armas nem explosivos.
O jornal belga DH relatou que os dois homens foram flagrados em câmeras de segurança entrando na casa um dia depois dos atentados portando várias sacolas. Os promotores não estavam disponíveis de imediato para comentar a reportagem do jornal.
Quatro outros suspeitos foram presos na sexta-feira, entre eles Mohamed Abrini, que os investigadores disseram ter confessado depositar uma bomba no aeroporto de Bruxelas, e Osama Krayem, suspeito de ter comprado as sacolas usadas pelos homens-bomba.
Abrini também é procurado em conexão com os ataques de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.
(Por Robert-Jan Bartunek)