BIALOWIEZA, Polônia (Reuters) - Cercadas por florestas exuberantes, uma dúzia de pessoas se aglomeravam perto de uma cerca de arame farpado na fronteira com Belarus, esperando a chance de pular a barreira ou afastar suas partes para ir em direção ao Ocidente, para dentro da Polônia.
Do outro lado, guardas e soldados poloneses armados caminhavam e dirigiam seus veículos de um lado para o outro, mantendo contato visual com o grupo, que era formado majoritariamente por homens jovens do Oriente Médio, alguns com cortes por causa do arame farpado.
As tensões sobre o processo de imigração estão altas na Europa, com partidos de extrema direita que pedem controles mais rígidos enfrentando movimentos ao centro nas eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrerão na Polônia neste domingo.
No local, o impasse tem um peso geopolítico ainda maior. A Polônia e a União Europeia acusaram Belarus e a Rússia de tentarem espalhar o caos em 2021, pressionando imigrantes contra a fronteira, no que Varsóvia chamou de “guerra híbrida”. Minsk e Moscou negaram as acusações.
O número de pessoas chegando à fronteira cresceu recentemente, de acordo com dados do governo polonês. Nesta semana, o que a Polônia vê como uma guerra causou uma tragédia, quando um soldado que patrulhava a fronteira morreu depois de entrar em confronto com imigrantes no dia 28 de maio.