JERUSALÉM (Reuters) - Manifestantes contra o governo foram às ruas de Jerusalém nesta segunda-feira cobrando novas eleições e entraram em conflito com a polícia perto da casa do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Netanyahu mais uma vez lidera uma das coalizões mais de direita da história de Israel, após um governo de união em tempos de guerra se desfazer na última semana quando dois ex-generais de centro, Benny Gantz e Gadi Eisenkot, o deixaram.
Netanyahu agora depende de parceiros ultra-ortodoxos e da extrema-direita, cujas agendas linhas-dura causaram uma grande divisão na sociedade israelense antes mesmo do ataque do Hamas em 7 de outubro que desencadeou a guerra em Gaza.
As manifestações muitas vezes semanais não mudaram o panorama político, e Netanyahu ainda controla uma maioria estável no Parlamento.
Após as saídas de Gantz e Eisenkot, grupos de oposição declararam uma semana de protestos nas ruas que incluíram bloqueios em vias e manifestações em massa.
Ao pôr do sol, uma multidão de milhares de pessoas se reuniu no lado de fora do Knesset, o Parlamento israelense, antes de marchar para a casa particular de Netanyahu na cidade.
A manifestação ficou turbulenta. Após chegarem à casa de Netanyahu, alguns manifestantes se separaram e tentaram romper as barreiras organizadas pela polícia, que os repeliu. Em certo momento, uma fogueira foi acesa na rua. A polícia usou canhões de água para dispersar o protesto.
"O processo de cura para Israel começa aqui. Depois da semana passada, quando Benny Gantz e Eisenkot deixaram a coligação, continuamos este processo e esperamos que este governo renuncie em breve", disse o manifestante Oren Shvill.
(Reportagem de Ilan Rosenberg e Ari Rabinovitch)