Por Sakshi Dayal
NOVA DÉLHI (Reuters) - A polícia da capital da Índia deteve dezenas de manifestantes de oposição nesta terça-feira, quando eles tentavam marchar até a residência do primeiro-ministro Narendra Modi para protestar contra a prisão do ministro-chefe de Délhi, Arvind Kejriwal, na semana passada.
Kejriwal, um dos principais líderes da oposição, cujo Partido Aam Aadmi (PAA) governa o território da capital nacional há uma década, foi preso pela agência de combate a crimes financeiros por acusações de corrupção relacionadas à política de bebidas alcoólicas da cidade, semanas antes de a Índia começar a votar nas eleições gerais de 19 de abril.
Ele foi detido até 28 de março, com o advogado da agência argumentando que ele é o "chefão" do caso e precisava ser interrogado.
O partido de Kejriwal, cujos principais líderes estão agora presos em conexão com o caso, diz que ele foi "falsamente preso" em um "caso fabricado". O governo federal e o Partido Bharatiya Janata (PBJ), de Modi, negam interferência política.
Nesta terça-feira, os apoiadores de Kejriwal tentaram marchar até a residência de Modi, mas foram impedidos pela polícia em um local onde se reuniram a cerca de 5 km de distância.
Imagens de televisão mostraram vários manifestantes sentados no chão e cantando slogans enquanto a polícia tentava levá-los para dentro de alguns ônibus.
Em outra parte da cidade, a polícia usou canhões de água para dispersar os apoiadores do PBJ que tentavam marchar até o Secretariado de Délhi para exigir a renúncia de Kejriwal, e deteve alguns deles.
Os líderes do PAA disseram que Kejriwal não renunciará e que os protestos exigindo sua libertação continuarão.
O PAA faz parte do bloco "INDIA", uma aliança de mais de duas dúzias de partidos políticos formada no ano passado para desafiar o PBJ nas eleições gerais.