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Por Angelo Amante
UDINE, Itália (Reuters) - Milhares de manifestantes pró-palestinos marcharam nesta terça-feira na cidade de Udine, no norte da Itália, antes da partida entre Itália e Israel pelas eliminatórias da Copa do Mundo, e confrontos com a polícia foram registrados no final do protesto, que havia transcorrido de forma pacífica pela maior parte do tempo.
A passeata, que contou com mais de 5.000 participantes, de acordo com estimativas preliminares da polícia, percorreu o centro da cidade no final da tarde, antes do início da partida no Estádio Friuli.
Os organizadores do ato pediram que a Fifa expulse Israel de todas as competições, dizendo que o time apoiava as "políticas de ocupação" nos territórios palestinos.
Os manifestantes carregaram uma bandeira palestina de 18 metros e uma grande faixa vermelha com o slogan da manifestação, "Mostre a Israel o cartão vermelho".
Uma estátua de metal que simboliza a justiça segurava uma balança em uma mão e um cartão vermelho na outra.
"Houve um cessar-fogo, mas não a paz. Como escrevi em meu cartaz, não pode haver paz sem justiça", disse a manifestante Valentina Bianchi.
No final da marcha, alguns manifestantes atiraram fogos de artifício e objetos contra a polícia, que respondeu com canhões de água e gás lacrimogêneo.
A agência de notícias Ansa informou que um jornalista ficou ferido nos confrontos e foi levado às pressas para o hospital.
Os organizadores prosseguiram com o protesto mesmo depois que Israel e o grupo militante Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo que incluía a libertação dos reféns israelenses restantes ainda vivos e o retorno dos prisioneiros palestinos.
A federação italiana de futebol disse que pouco mais de 9.000 ingressos foram vendidos para o jogo contra Israel, bem abaixo da capacidade reduzida de 16.000 pessoas.
Algumas lojas mantiveram suas portas fechadas durante todo o dia, enquanto outras fecharam à tarde, quando o protesto começou, em meio a temores de danos após a violência em manifestações na Itália nas últimas semanas.
As autoridades locais decretaram uma série de restrições, incluindo o fechamento de ruas e limites de estacionamento, e instalaram barreiras de concreto ao redor do estádio para criar zonas de segurança.
(Reportagem de Angelo Amante e Roberto Mignucci)