KIEV (Reuters) - Dezenas de milhares de pessoas marcharam em Minsk e outras cidades neste domingo, pressionando o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, um dia antes da greve nacional que a oposição ameaçou realizar caso ele se recuse a renunciar.
Multidões se espalharam pela capital gritando "greve", agitando bandeiras vermelhas e brancas da oposição e batendo tambores no 11º fim de semana consecutivo de protestos em massa desde que uma acirrada disputa eleitoral colocou o país em turbulência.
Doze estações de metrô foram fechadas, a polícia de choque patrulhou as ruas e os serviços de internet móvel foram interrompidos em Minsk. Dois jornalistas foram detidos antes do protesto, disse uma associação local de jornalistas.
Dezenas de pessoas foram detidas e as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo na cidade de Lida, no oeste do país, afirmou a agência russa de notícias RIA, citando o braço regional do Ministério do Interior.
Um ex-gerente de fazenda coletiva nos tempos de União Soviética, Lukashenko governa Belarus há mais de um quarto de século e não se mostra inclinado a deixar o cargo, estimulado por empréstimos e a oferta de apoio militar da Rússia, tradicional aliada do país.