TORONTO (Reuters) - Centenas de manifestantes pró-palestinos retiraram tendas e lonas nesta quarta-feira de um gramado cercado no campus da maior universidade do Canadá, onde durante dois meses eles mantiveram um acampamento, antes de um prazo final à noite.
Em uma decisão na terça-feira, um juiz de Ontário ordenou que os manifestantes se retirassem até 18h de quarta-feira, (19h em Brasília), concedendo uma liminar solicitada pela Universidade de Toronto. O juiz disse neste caso que a liberdade de expressão não era uma defesa para a invasão.
“Estamos nos retirando nos nossos termos para proteger nossa comunidade”, disse Mohammad Yassin, recém-formado pela Universidade de Toronto, palestino e porta-voz dos manifestantes, a uma multidão de apoiadores e repórteres no lado de fora do local do antigo acampamento.
Ele acrescentou que a ocupação durante o período de convocação da universidade foi uma “enorme vitória”.
Os manifestantes estavam cobrando que a Universidade de Toronto revelasse seus investimentos, vendesse participação em investimentos associados com a ocupação israelense e cortasse laços com algumas instituições afiliadas aos israelenses.
“As negociações já estão congeladas há algum tempo”, disse Yassin.
O presidente da Universidade de Toronto, Meric Gertler, disse em um comunicado nesta quarta-feira que estava satisfeito que o acampamento terminou pacificamente.
“Membros da nossa comunidade continuam livres para exercer seu direito à liberdade de expressão e protestos legais”, disse.
(Reportagem de Anna Mehler Paperny)