Por Eli Berlzon
AMONA, Cisjordânia (Reuters) - Manifestantes de direita entraram em confronto com policiais israelenses que cumpriam uma ordem de um tribunal e despejavam colonos de um posto avançado ilegal na Cisjordânia ocupada nesta quarta-feira, horas depois de o governo anunciar mais construções em assentamentos maiores.
Cerca de 330 colonos israelenses moram em Amona, o maior de dezenas de postos avançados erguidos na Cisjordânia sem autorização oficial. Em novembro, após uma longa batalha legal, a Suprema Corte decidiu que os assentados tinham que deixar Amona porque suas casas foram construídas em terras de propriedade particular de palestinos.
Sem armas à vista, mas com mochilas, centenas de policiais passaram ao longo de pneus em chamas e afastaram dezenas de jovens nacionalistas israelenses que foram à localidade apoiar os moradores.
Vários manifestantes foram detidos pela polícia durante o confronto, e houve alguns arremessos de pedras. Um porta-voz da polícia disse que ao menos 10 agentes foram ligeiramente feridos pelas pedras e por um líquido ácido com que foram alvejados.
"Um judeu não despeja um judeu!", gritavam os jovens.
A maioria dos colonos permaneceu em seus lares depois de montar barreiras improvisadas diante das portas, prometendo uma resistência passiva.
No topo de uma colina próxima, Issa Zayed, um palestino que disse ser um dos donos da terra na qual Amona foi erguida, observava a cena com binóculos. "Com a ajuda de Deus, será esvaziada e nossa terra voltará para nós", disse.
Mais cedo, Israel anunciou planos de construir mais 3 mil casas em assentamentos na Cisjordânia.