Por Syed Raza Hassan
ISLAMABAD (Reuters) - Milhares de manifestantes antigoverno eram esperados na capital do Paquistão, nesta quinta-feira, para exigir a renúncia do primeiro-ministro do país, Imran Khano, intensificando a pressão sobre o premiê, que se esforça para colocar a enfraquecida economia de volta nos trilhos.
Os protestos são organizados por Fazl-ur-Rehman, líder de um dos maiores partidos religiosos do Paquistão, que alega que a administração de Khan é incompetente e ilegítima, além de ser instaurada por militares após uma eleição fraudulenta em 2018.
Escolas e alguns escritórios foram fechados em Islamabad. A polícia reforçou postos de controle e reforçou as barreiras, incluindo contêineres de carga para bloquear vias e isolar o coração administrativo e diplomático da cidade.
Rehman, que lidera o partido Jamiat Ulema-i-Islam-Fazl, classificou seu protesto como uma marcha de liberdade.
"Este movimento não vai parar se não conseguirmos os resultados desejados depois de chegar a Islamabad", disse Rehman a repórteres em Lahore, ponto de partida dos manifestantes, na noite de quinta-feira.
"Queremos a renúncia do primeiro-ministro, toda a Assembleia é falsa, queremos dissolvê-la".
Khan venceu as eleições do ano passado sob a promessa de acabar com a corrupção, ajudar famílias de classe média e colocar a economia nos trilhos.
Mas o cenário mudou: a economia avança com o déficit fiscal chegando a cerca de 7% do produto interno bruto e uma crise no balanço de pagamentos está se aproximando.