Por Robert MacMillan e Frank McGurty
NOVA YORK (Reuters) - Manifestantes invadiram as ruas de Nova York e de outras cidades dos Estados Unidos para uma segunda noite de protesto contra a decisão de um júri de não indiciar um policial branco pela morte de um homem negro desarmado.
A onda de protestos começou depois que o policial Daniel Pantaleo foi inocentado de qualquer responsabilidade por seu envolvimento no confronto que matou Eric Garner. Uma testemunha gravou o incidente e o vídeo foi amplamente divulgado.
A reação da população repete o que aconteceu depois que um júri também rejeitou indiciar um policial branco pela morte de um adolescente negro desarmado em Ferguson, no Estado de Missouri.
O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, abriu um inquérito de direitos civis sobre o incidente no Missouri e prometeu uma investigação completa do caso de Nova York.
Os protestos em NY começaram durante a hora do rush na quinta-feira à noite, com manifestantes caminhando entre carros e caminhões e levando o tráfego nas ruas da cidade a uma quase paralisação.
As marchas ganharam integrantes ao longo do caminho, mudaram de direção, dispersaram e reagruparam, mas mantiveram-se relativamente tranquilas pela segunda noite seguida.
Houve tensão quando ao menos 3.000 manifestantes convergiram na Times Square cerca de uma hora antes da meia-noite. Bloqueando o importante cruzamento da Rua 42 com a Sétima Avenida, eles cantaram para a polícia: "Quem vocês protegem?".
Centenas de policiais empurraram os manifestantes para as calçadas. Dezenas de pessoas foram detidas, embora a polícia não tenha divulgado o número exato.