ALBANY, Estados Unidos (Reuters) - Mario Cuomo, três vezes governador de Nova York e uma das principais vozes da ala liberal do Partido Democrata, político que recusou convites para concorrer à Casa Branca, morreu nesta quinta-feira na sua casa em Manhattan. Ele tinha 82 anos.
A sua morte se deu no dia em que o seu filho mais velho, Andrew Cuomo, fez seus discursos de posse em Manhattan e Buffalo, no Estado de Nova York, depois de ter prestado juramento para o seu segundo mandato como governador.
O gabinete do governo disse em comunicado que Mario Cuomo, que liderou Nova York de 1983 a 1994, morreu de "causas naturais, devido a uma falha no coração, nesta tarde, em casa, com a sua família ao seu lado".
O ex-governador, reconhecido orador e um dos políticos favoritos do grupo progressista do Partido Democrata, foi hospitalizado em 30 de novembro para tratamento do coração.
O seu filho mais novo, Chris Cuomo, disse à CNN pouco antes das cinco da tarde desta quinta-feira que o seu pai havia morrido, segundo a rede de TV. Nesse momento, Andrew Cuomo discursava.
Em sua fala inaugural nesta quinta, Andrew Cuomo disse que ele havia lido o discurso para o seu pai na noite anterior.
"Ele disse que estava bom, especialmente para um segundo mandato", afirmou o filho. "Ele não teve como estar presente fisicamente aqui hoje, o meu pai. No entanto, o meu pai está neste salão. Ele está no coração e na mente de cada pessoa aqui."
O presidente Barack Obama, em comunicado divulgado do Havaí, onde ele passa férias, disse que o ex-governador era "uma voz firme pela tolerância, justiça, dignidade e oportunidade".
Eric Schultz, porta-voz da Casa Branca, disse que Obama ligou para Andrew Cuomo para dar os pêsames.
O ex-presidente Bill Clinton e Hillary Clinton disseram: "Era o principal dom de Mario Cuomo e a nossa principal sorte o fato de que ele era um brilhante orador e um servidor público apaixonado. A sua vida foi uma benção."
"A vida de Mario foi a encarnação do sonho americano", disseram os Clintons em comunicado conjunto.
O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, lembrou Cuomo como "um homem que fez campanha com poesia e governou com uma linda prosa".
(Por T.G. Branfalt)