PARIS (Reuters) - Um objeto que se acredita ser um cinturão de explosivos foi encontrado nesta segunda-feira em uma cidade ao sul de Paris, perto de onde um telefone usado pelo criminoso suspeito Salah Abdeslam foi detectado na noite dos ataques contra a capital francesa, disse à Reuters uma fonte próxima à investigação.
Abdeslam, cujo irmão se explodiu nos atentados, está foragido desde a série de ataques que matou 130 pessoas em Paris em 13 de novembro e se tornou foco de uma caçada multinacional.
Investigadores franceses inicialmente acreditavam que Abdeslam estava em um carro preto Seat Leon usado no tiroteio contra restaurantes e cafés nos distritos 10 e 11 da capital.
Uma fonte próxima à investigação disse, no entanto, que o telefone celular de Abdeslam foi detectado após os ataques no 18º distrito de Paris, na zona norte, perto de um carro Renault Clio abandonado que ele tinha alugado.
A fonte afirmou que agora existia uma "forte suspeita" de que Abdeslam estava dirigindo o Clio em vez do Seat.
Além disso, quando o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques, o grupo disse que tinha como alvos o estádio Stade de France, a casa de shows Bataclan, os distritos 10 e 11, bem como o 18º distrito.
Como não houve explosões ou tiroteios no 18º distrito, os investigadores estão agora se perguntando se o ataque falhou ou foi abortado, disse a fonte.
O telefone de Abdeslam foi detectado, mais tarde, em 13 de novembro por uma torre de telefonia móvel em Chatillon, ao sul de Paris, perto de Montrouge, onde o cinto de explosivos suspeito foi descartado.
Mas a fonte disse que era muito cedo para dizer se o objeto tinha estado em contato com Abdeslam.
"A tese de que ele abandonou (o ataque) está apenas vindo de pessoas que o levaram de volta (à Bélgica). Mas não sabemos por quê. Talvez ele teve um problema técnico com o seu cinto de explosivos, por exemplo", disse uma fonte policial.
(Reportagem de Chine Labbé e Gérard Bon)