Por Phil Stewart
BASE CAMP DONNA, Estados Unidos (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, defendeu o envio de milhares de soldados à fronteira com o México ao viajar para o local nesta quarta-feira, dizendo que a missão é "absolutamente legal" e justificada e que está melhorando a prontidão dos militares.
A decisão de forte carga política do presidente Donald Trump de mobilizar tropas para a divisa com o México antecedeu as eleições parlamentares da semana passada – Trump quer fortalecer a segurança fronteiriça como parte da repressão à imigração ilegal.
Seus apoiadores, inclusive republicanos do Congresso, endossaram o deslocamento de soldados.
Mas críticos rechaçaram a decisão e a classificaram como uma manobra política para levar eleitores republicanos às urnas. Eles zombaram quando Trump comparou uma caravana de imigrantes centro-americanos, que inclui mulheres e crianças, a uma "invasão".
Mattis, que falou a um pequeno grupo de repórteres que viajou com ele, rejeitou as críticas e disse que a mobilização foi a coisa certa a fazer.
"Está muito claro que um apoio à polícia de fronteira ou à patrulha de fronteira é necessário neste momento", disse Mattis, observando que essa foi a avaliação do Departamento de Segurança Interna.
Ele acrescentou que a mobilização foi considerada legal por advogados do governo Trump e que está melhorando a prontidão dos soldados por lhes dar mais experiência em mobilizações rápidas.
A visita levou Mattis para perto de Donna, cidade do Texas onde soldados montaram uma base próximo a uma passagem na fronteira com o México. O general Terrence O'Shaughnessy, chefe do Comando Norte, o recebeu quando ele pousou.
Mattis disse que os militares também estão ensaiando operações com helicópteros para ajudar a apoiar os efetivos na fronteira, podendo levá-los a novos locais se a caravana de imigrantes mudar de direção.