Por Crispian Balmer e Angelo Amante
ROMA (Reuters) - A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e os aliados em sua coalizão conquistaram vitórias eleitorais esmagadoras nas duas regiões mais ricas do país nesta segunda-feira, fortalecendo o domínio da direita no poder em meio à crescente apatia do eleitor.
Menos de cinco meses depois de conquistar o poder a nível nacional, o bloco conservador obteve mais de 50% dos votos nas regiões de Lácio, centrada na capital nacional Roma, e Lombardia, lar da capital financeira Milão.
"Este resultado consolida a centro-direita e fortalece o trabalho do governo", escreveu Meloni no Twitter.
Este foi o primeiro teste eleitoral para Meloni desde que assumiu o poder em setembro do ano passado e confirmou que ela ainda desfruta de uma forte lua de mel com os eleitores, ajudada por uma oposição fraca que não apresentou candidatos conjuntos em nenhuma das regiões.
No entanto, a vitória esmagadora foi parcialmente ofuscada pelo fato de apenas 40% das pessoas terem ido votar --o menor número já registrado para Lácio e Lombardia, regiões que juntas representam pouco mais de um quarto da população nacional.
Embora a direita já controlasse a Lombardia, eles tomaram a Lácio da centro-esquerda, o que significa que os conservadores agora comandam 15 das 20 regiões da Itália, além do governo central, dando-lhes uma oportunidade única de moldar a política interna.
O partido nacionalista Irmãos da Itália confirmou sua posição como o mais popular do país, ganhando aproximadamente 33% do apoio em Lácio e 26% na Lombardia --em linha com as eleições gerais de 2022.
As leis eleitorais da Itália tanto a nível nacional quanto regional favorecem os partidos que combinam forças, o que significa que os oponentes de Meloni enfrentarão anos de isolamento, a menos que aprendam a trabalhar juntos.
(Reportagem de Crispian Balmer e Angelo Amante)