(Reuters) - Uma autoridade da Liga Nacional pela Democracia (NLD), partido da líder deposta de Mianmar Aung San Suu Kyi, morreu sob custódia depois de ser preso nesta terça-feira, disse um ex-parlamentar, o segundo membro da legenda a morrer sob custódia em em dois dias, enquanto manifestantes contestam o golpe militar do mês passado nas ruas.
De madrugada, a polícia prendeu cerca de 50 pessoas que haviam sido encurraladas por forças de segurança em um distrito de Yangon, a principal cidade do país, disse um grupo de direitos humanos -- mas centenas conseguiram fugir do cerco depois que multidões de manifestantes se uniram para apoiá-los, desafiando o toque de recolher noturno.
Potências ocidentais e a Organização das Nações Unidas (ONU) conclamaram os militares a permitir que os jovens deixassem a área em segurança.
Mianmar está em crise desde que o Exército depôs o governo eleito de Suu Kyi no dia 1º de fevereiro, deteve a líder e outras autoridades da NLD e criou uma junta de generais para governar.
Protestos diários contra o golpe estão sendo realizados em todo o país, e forças de segurança têm reprimido duramente os atos. Mais de 60 manifestantes foram mortos e mais de 1.600 foram detidos, disse a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP).
Zaw Myat Linn, da NLD, morreu sob custódia nesta terça-feira depois de ser preso em Yangon perto da 1h30, disse Ba Myo Thein, membro da câmara alta do Parlamento dissolvido.
Nem os militares, nem a polícia respondeu a pedidos de comentário.
(Redação Reuters)