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Mercosul expressa "profunda preocupação" e pede fim da violência na Venezuela

Publicado 21.07.2017, 19:59
© Reuters. Manifestante durante protesto em Caracas

Por Jorge Otaola

MENDOZA, Argentina (Reuters) - O bloco aduaneiro sul-americano Mercosul e outros países da região pediram o restabelecimento da ordem constitucional na Venezuela e expressaram sua "profunda preocupação" com a crise política e econômica no país, embora Brasil e Argentina tenham mostrado cautela em seguir os Estados Unidos na preparação de possíveis sanções econômicas.

A situação da Venezuela, onde a violência política tem crescido nos últimos meses, foi um dos temas centrais da reunião do Mercosul --formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai-- realizada entre quarta-feira e sexta-feira na cidade argentina de Mendoza.

"Os Estados membros do Mercosul e os Estados associados Chile, Colômbia e Guiana, assim como o México, reiteram sua profunda preocupação com o agravamento da crise política, social e humanitária na República Bolivariana da Venezuela", afirma uma declaração conjunta após a cúpula.

No comunicado, os países defendem o fim "de toda violência" e pedem à Venezuela "o restabelecimento da ordem institucional, a vigência do Estado de Direito e a separação de poderes, no âmbito do pleno respeito às garantias constitucionais e aos direitos humanos".

O comunicado ocorre dias depois que autoridades dos EUA disseram que estavam preparando sanções contra funcionários do governo venezuelano.

O ministro das Relações Exteriores de Brasil, país que assume a presidência rotativa do bloco, e Argentina, disseram aos repórteres que os países do Mercosul estavam hesitantes em seguir o exemplo norte-americano.

"Nenhum de nós está disposto a aplicar quaisquer sanções que afetem, acima de tudo, o povo venezuelano", disse o chanceler argentino, Jorge Faurie.

O ministro brasileiro Aloysio Nunes afirmou que qualquer decisão do Mercosul seria "autônoma" em relação à ação dos EUA e que as interrupções de envios de alimentos do Brasil para a Venezuela poderiam "agravar ainda mais a crise humanitária".

Em seu discurso na cúpula, o presidente Michel Temer disse que o Brasil continua a defender o restabelecimento irrestrito das liberdades na Venezuela.

"Já não há mais espaço na América do Sul para prisões arbitrárias, para medidas de repressão política, para atitudes e atos incompatíveis com os preceitos democráticos. Já não há mais espaço para governos indiferentes à própria sorte do povo", disse Temer. [nL1N1KC0UV]

© Reuters. Manifestante durante protesto em Caracas

A Venezuela foi suspensa do Mercosul no final do ano passado por não cumprir com os requisitos para fazer parte do bloco, em meio a fortes críticas dos membros do grupo ao governo de esquerda de Nicolás Maduro.

Vários governos da América, entre eles Estados Unidos, Brasil, México, Peru e Argentina, têm pedido a Maduro para suspender a eleição de uma Assembleia Nacional Constituinte marcada para 30 de julho.

Esta iniciativa é rejeitada pela oposição por acreditar que o líder socialista busca se perpetuar no poder e não realizar eleições previstas como as presidenciais de 2018. Manifestantes contrários ao governo têm realizado protestos constantes que já deixaram cerca de 100 mortos em quase quatro meses.

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