Por Antoni Slodkowski
NAYPYITAW (Reuters) - O governo de Mianmar e oito grupos étnicos armados assinaram um acordo de cessar-fogo nesta quinta-feira, após mais de dois anos de negociações com o objetivo de pôr fim à maioria dos conflitos no país.
O acordo ficou abaixo da cobrança nacional, com sete dos 15 grupos armados convidados negando assinatura por conta de desacordos sobre quem o processo deveria incluir e falta de confiança do governo semicivil de Mianmar e seu Exército ainda poderoso.
O presidente Then Sein, ex-general, fez do acordo nacional de cessar-fogo uma plataforma-chave para seu programa de reforma após assumir o poder em 2011, depois de quase 50 anos de regime militar.
"O acordo de cessar-fogo nacional é um presente histórico de nós para nossas gerações do futuro", disse Thein Sein durante uma cerimônia de assinatura, com participação de centenas de diplomatas, autoridades e representantes de grupos rebeldes, na capital do país.
"Esta é nossa herança. A estrada para paz futura em Mianmar está aberta", acrescentou.
Thein Sein disse que iria continuar os esforços para convencer outros grupos a se juntar posteriormente ao acordo.