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Milhares marcham pela democracia em Hong Kong, mas participação é menor que em 2014

Publicado 01.07.2015, 09:21
Atualizado 01.07.2015, 09:25
© Reuters. Manifestantes protestam pela democracia em Hong Kong

Por Yimou Lee e Viola Zhou

HONG KONG (Reuters) - Milhares de manifestantes saíram às ruas de Hong Kong em um protesto por democracia plena nesta quarta-feira e pediram a renúncia dos líderes da cidade, controlados pelo governo chinês, semanas depois de o Legislativo local ter votado contra um pacote de reforma eleitoral apoiado pelos dirigentes do Partido Comunista em Pequim.

Alguns manifestantes, que defendem maior autonomia e até mesmo a independência da China, seguravam cartazes reivindicando uma "Nação Hong Kong", enquanto outros portavam bandeiras antigas da era colonial de Hong Kong, nas quais aparece representada a bandeira do Reino Unido.

"Eu quero um verdadeiro sufrágio universal" gritava a multidão em um dia abafado, com muitos levando guarda-chuvas amarelos, um símbolo do "Movimento Guarda-Chuva" do ano passado, quando manifestantes bloquearam as principais vias para pressionar o governo chinês a permitir eleições diretas em 2017.

A multidão, acompanhada de perto por dezenas de policiais, era menor do que um ano atrás, quando cerca de meio milhão de pessoas compareceu na marcha anual de julho, data do aniversário do retorno da cidade à China em 1997. Na época, a polícia prendeu mais de 500 pessoas que bloquearam uma via no distrito financeiro, numa prévia do movimento Occupy no final de setembro.

© Reuters. Manifestantes protestam pela democracia em Hong Kong

A marcha de protesto ocorre quase duas semanas após o Legislativo de Hong Kong vetar uma proposta de reforma eleitoral apoiada pelo governo chinês e que havia provocado protestos por vezes violentos na cidade, o que deixou as autoridades em Pequim com um de seus desafios mais graves nos últimos anos.

Hong Kong voltou para a China sob a fórmula "um país, dois sistemas" que concedeu à cidade liberdades negadas no restante do país. A China também manteve a promessa do sufrágio universal. O plano eleitoral rejeitado pelos legisladores no mês passado teria permitido eleições diretas para o próximo executivo-chefe da cidade em 2017, mas só em candidatos pré-selecionados, pró-governo de Pequim.

(Reportagem adicional de Donny Kwok e Shan Kao)

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