Por Ahmed Elumami e Goran Tomasevic
TRÍPOLI/MISRATA (Reuters) - Dez combatentes leais ao governo autoproclamado que controla Trípoli foram mortos nesta quarta-feira por militantes do Estado Islâmico na região central da Líbia, enquanto os islamistas continuam a ampliar seu alcance dentro do país dividido.
Os militantes islâmicos na Líbia que se aliaram ao Estado Islâmico, grupo que controla partes dos territórios de Síria e Iraque, mantiveram-se há até pouco tempo ativos somente no leste do país, onde encontra-se sediado um governo reconhecido pela comunidade internacional.
Mas nas últimas semanas, eles se espalharam em direção ao oeste, entrando na cidade de Sirte e assumindo o controle de edifícios do governo, de um hospital e da universidade, desafiando, assim, o governo sediado em Trípoli e suas facções aliadas, que os enfrentaram em batalhas.
"Alguns de nossos heroicos integrantes do Exército foram assassinados nesta manhã pelo Estado Islâmico na região de Nawfaliyah", disse Osama Abu Naji, uma graduada autoridade do governo sediado em Trípoli, referindo-se à cidade que fica a sudeste de Sirte.
"As vítimas foram assassinadas, não houve confronto", disse ele a jornalistas, sem dar mais detalhes.
Prevendo novos confrontos, moradores de Sirte foram vistos deixando a cidade em uma fila de carros ao longo da estrada que leva a Misrata, disse um repórter da Reuters.
À noite, mais de 1.000 pessoas, algumas chorando, reuniram-se no centro de Misrata, cerca de 200 quilômetros a oeste de Sirte, para participar do funeral dos combatentes mortos.