MOGADÍSCIO (Reuters) - Militantes islâmicos invadiram um hotel popular em Mogadíscio, capital da Somália, nesta sexta-feira, matando pelo menos sete pessoas e prendendo autoridades do governo dentro do prédio, de acordo com a polícia e testemunhas.
Segundo a polícia, as forças especiais treinadas pelos Estados Unidos, conhecidas como "Gaashaan" (Escudo), invadiram o complexo hoteleiro e tomaram de volta o controle da maior parte do edifício.
"A maior parte do hotel está nas mãos das forças do governo agora, mas há ... tiroteios esporádicos e granadas arremessadas das janelas do segundo andar do hotel", contou o major Ismail Olow à Reuters.
A polícia disse que as tropas mataram a maioria dos agressores.
"Acredita-se que eram nove agressores. Seis deles foram mortos. Três ainda devem estar escondidos", afirmou Olow.
Ele disse que a maioria dos funcionários do governo foi resgatada, incluindo o embaixador da Somália na Suíça, que estava no hotel.
O grupo Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, emitiu uma nota assumindo responsabilidade pelo ataque.
"Estamos por trás do ataque ao Hotel Maka Al Mukaram e a luta continua lá dentro", disse o porta-voz militar do grupo Abdiasis Abu Musab à Reuters.
O Al Shabaab foi retirado da capital por forças de paz africanas em 2011, mas fez uma série de ataques com armas e granadas, tentando tomar o governo e impor sua versão rígida da sharia (lei islâmica) no país.
Uma ofensiva feita no ano passado pelas forças da União Africana, junto com o Exército da Somália, levou o grupo para fora de suas fortalezas no sul e centro da Somália, enquanto ataques com aeronaves não tripuladas dos Estados Unidos mataram alguns dos líderes.
Apesar da campanha militar, o Al Shabaab continua a atacar, muitas vezes com poder efetivo, usando bombas e ataques com armas na capital e em outras cidades. O grupo também atacou outros países que apoiam a missão da União Africana.
(Reportagem de Abdi Sheikh Feisal Omar)