Por Ola Lanre e Abraham Achirga
DAPCHI, Nigéria (Reuters) - Militantes islâmicos libertaram, nesta quarta-feira, dezenas de estudantes nigerianas que haviam sido sequestradas, mas algumas das meninas disseram que cinco de suas amigas morreram em cativeiro e que outra ainda estava sendo mantida refém.
Os combatentes do grupo Boko Haram, alguns gritando "Deus é o Maior", levaram as meninas de volta à cidade de Dapchi em uma fila de caminhões na manhã desta quarta-feira, as deixaram e saíram, disseram testemunhas à Reuters.
"Cinco entre nós sequestradas estão mortas. Uma ainda está com eles porque é cristã", disse à Reuters Khadija Grema, uma das estudantes libertadas.
O morador Muhammad Bursari disse que sua sobrinha Hadiza Muhammed, uma das estudantes libertadas, contou que uma menina ainda está sendo mantida em cativeiro porque se recusou a se converter ao islamismo.
Testemunhas disseram que mais de 100 das 110 meninas sequestradas em Dapchi no dia 19 de fevereiro foram devolvidas, embora o governo tenha emitido um comunicado afirmando que 76 meninas foram libertadas em um "processo em andamento".
A Nigéria garantiu a libertação "por meio de esforços de bastidores e com a ajuda de alguns amigos do país", disse o ministro de Informação nigeriano, Lai Mohammed, em comunicado, sem fornecer mais detalhes.
"Para a libertação funcionar, o governo tinha um claro entendimento de que violência e confronto não seriam a saída, uma vez que poderiam colocar em risco as vidas das meninas, por isso uma abordagem não violenta foi a opção escolhida", disse.