Por Nicole Neri e Jonathan Allen
MINEÁPOLIS, Estados Unidos (Reuters) - A cidade de Mineápolis começou nesta quinta-feira o processo de reabertura ao tráfego do cruzamento onde George Floyd foi assassinado por um policial há pouco mais de um ano, enquanto equipes derrubavam barricadas que impediam a passagem da maioria dos veículos.
Alguns ativistas se opõem à reabertura do cruzamento da Chicago Avenue com a 38th Street - fechada ao tráfego desde o assassinato - e foram vistos discutindo com os homens que moviam as barreiras de concreto. Alguns ativistas arrastaram mesas e outras barricadas improvisadas para a rua.
O cruzamento ficou conhecido como George Floyd Square. Ativistas locais ergueram uma escultura imponente de um punho negro levantado no meio da rua, cercada por um pequeno jardim plantado com flores.
O prefeito Jacob Frey disse anteriormente que a cidade reabriria o cruzamento para veículos após o julgamento de Derek Chauvin, o policial branco que foi filmado ajoelhado no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos algemado, por mais de nove minutos durante uma prisão em 25 de maio de 2020.
Um júri considerou Chauvin, de 45 anos, culpado de assassinato em abril.
Os ativistas prometeram não abandonar as ruas ao redor até que uma série de demandas sejam atendidas, incluindo a reabertura das investigações sobre outros homens negros locais mortos pela polícia. Alguns residentes locais e empresas apoiam os ativistas, enquanto outros querem que o tráfego volte ao normal.
Na madrugada desta quinta-feira, funcionários da cidade se juntaram aos membros do Movimento Agape, um grupo comunitário local que ajuda a fornecer segurança no bairro, para remover barricadas da rua, colocando-as ao redor de placas, flores e obras de arte que marcam o local onde Floyd morreu.
(Reportagem de Nicole Neri em Mineápolis e Jonathan Allen em Nova York)