ASSUNÇÃO (Reuters) - O ministro da Fazenda do Paraguai, Santiago Peña, renunciou ao cargo nesta segunda-feira para competir como candidato presidencial do partido governista nas eleições do ano que vem, representando o movimento do presidente Horacio Cartes.
Peña, que obteve a aprovação dos dirigentes partidários apesar de resistência das bases por sua pouca experiência política e falta de militância, se demitiu após sua apresentação oficial como candidato em um ato público no sábado.
"Minha renúncia termina uma etapa, mas abre um caminho amplo para o serviço de nossa pátria", disse Peña na carta de renúncia publicada na conta de Twitter de Cartes, que agradeceu Peña por ter "honrado" o cargo.
O presidente impulsionou a figura do ministro, um economista de 38 anos, após se retirar da corrida eleitoral na sequência de protestos violentos contra a reeleição que aconteceram no final de março, nos quais manifestantes incendiaram parte do Congresso.
Peña será substituído pela economista Lea Giménez, que estudou nos Estados Unidos e trabalhou para o Banco Mundial em Washington. Lea era vice-ministra de Economia desde março de 2016.
Com o apoio de Cartes, Peña terá que disputar a candidatura presidencial com outras figuras fortes de dentro do partido, em uma aposta ousada do presidente, que perdeu popularidade durante o debate sobre a reeleição.
(Reportagem de Daniela Desantis)