Por Tom Balmforth e Felix Hoske
CHISINAU (Reuters) - Uma autoridade de segurança da Moldávia acusou a Rússia, no domingo, de "interferência maciça", enquanto os moldavos votavam em uma eleição presidencial muito disputada, que poderia ver Moscou recuperar a influência em um país que se aproxima da União Europeia.
A atual presidente pró-ocidente, Maia Sandu, que acelerou o esforço do país para sair da órbita de Moscou e aderir à UE, enfrenta Alexandr Stoianoglo, um ex-procurador-geral apoiado pelo Partido Socialista, tradicionalmente pró-russo.
A sorte de Sandu, que colocou a Moldávia no longo caminho das negociações de adesão à UE em junho, está sendo observada de perto em Bruxelas uma semana depois que a Geórgia, outro ex-estado soviético que busca a adesão, reelegeu um partido governista considerado no Ocidente como cada vez mais pró-russo.
O futuro da Moldávia tem estado sob os holofotes desde que a Rússia, em 2022, iniciou sua invasão em grande escala da vizinha Ucrânia, a leste.
"Estamos vendo uma interferência maciça da Rússia em nosso processo eleitoral (...) um esforço com alto potencial para distorcer o resultado", escreveu o conselheiro de segurança nacional de Sandu, Stanislav Secrieru, no X.
Não houve nenhum comentário imediato de Moscou, que negou alegações anteriores de interferência, já que a Moldávia acusou Ilan Shor, um oligarca fugitivo que vive na Rússia, de gastar milhões de dólares para pagar eleitores que se opusessem a Sandu. Ele nega qualquer irregularidade.