Por Alicia Powell
NOVA YORK (Reuters) - Quase 60 anos depois de ser publicado como livro, "O Sol é Para Todos" terá sua primeira adaptação teatral estreando nesta semana na Broadway, e sua temática de injustiça racial continua igualmente relevante na atualidade.
Mas o escritor Aaron Sorkin diz que, apesar de o livro ser familiar por se tratar de um clássico adorado da literatura e do cinema norte-americanos, as plateias verão algo diferente.
"Depois de trinta segundos você já está em um lugar diferente, assistindo 'O Sol é Para Todos' de uma maneira que nunca assistiu antes", disse Sorkin, criador da série política de televisão "West Wing" que escreveu a adaptação para os palcos.
A versão da Broadway, que estreia na quinta-feira, tem Jeff Daniels no papel de Atticus Finch, honrado advogado branco de cidade pequena que assume o caso de um homem negro acusado equivocadamente por um estupro no sul dos tempos da Depressão.
A peça rendeu uma ação civil feroz no início deste ano, já que o espólio da autora Harper Lee acusou Sorkin e os produtores de se desviarem demais do romance cultuado dos anos 1960 e de o ligarem demais ao clima social atual. Harper Lee morreu em 2016 aos 89 anos.
A disputa foi resolvida em maio, mas nenhum dos lados deu detalhes. De acordo com aqueles que viram a encenação previamente, uma diferença é que os principais personagens negros têm mais voz do que no livro.
"O racismo está conosco desde o início da América, e está aqui novamente", disse Daniels. "O que a peça faz é tratar um pouco disso – da tolerância de tentar fazer vista grossa quando acontece". OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20181211T182557+0000 20181211T182557+0000