ATENAS (Reuters) - Habitantes de ilhas da Grécia fizeram greve pelo segundo dia nesta quinta-feira, intensificando protestos contra planos do governo para novos campos de imigrantes em cinco ilhas depois de confrontos violentos com a polícia.
As Ilhas Egeias, do leste grego, serviram como porta de entrada da União Europeia para mais de 1 milhão de pessoas fugindo de guerras em 2015-2016. Apesar de uma redução drástica dos recém-chegados desde então, cinco ilhas ainda sofrem com centros de imigrantes superlotados.
Os moradores das ilhas de Lesbos e Chios enfrentaram o batalhão de choque que protegia a construção de novas instalações de detenção na terça e na quarta-feiras.
Os manifestantes dizem que os campos existentes se tornaram prisões tanto para os moradores quanto para os imigrantes, e que construir mais deles só amplificará os problemas.
Eles planejam manifestações em pontos centrais de Lesbos, Chios e Samos nesta quinta-feira antes de uma reunião agendada entre o governo e prefeitos locais.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, deve se reunir com governadores regionais em seu escritório de Atenas na noite desta quinta-feira.
"Não existe plano alternativo", disse o porta-voz do governo, Stelios Petsas, à Skai TV. "Fizemos tudo para aumentar os retornos".
(Por Michele Kambas e Renee Maltezou)