Por Jack Kim
SEOUL (Reuters) - Kim Ki Nam, uma das mais antigas autoridades norte-coreanas que serviu às três gerações de líderes, consolidando sua legitimidade política e liderando o aparato de propaganda do Estado dinástico, morreu, informou a mídia oficial na quarta-feira (horário local).
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, visitou o túmulo de Kim às 2h da manhã de quarta-feira para prestar homenagem "com amarga tristeza pela perda de um revolucionário veterano que permaneceu ilimitadamente leal" ao país até o fim, disse.
Kim morreu na terça-feira (horário local) aos 94 anos de idade, informou a agência de notícias oficial KCNA.
Ele fazia parte de um grupo central de autoridades leais que trabalharam para sustentar as três gerações de Kims, solidificando sua legitimidade com a linha de sangue de um líder revolucionário que fundou o Estado em 1945.
"Ele se dedicou a apoiar a jornada vitoriosa de construção de um poderoso país socialista, mantendo a poderosa ofensiva e o novo desenvolvimento na nova era em todas as esferas do trabalho ideológico do partido", disse a KCNA.
Kim é uma das poucas autoridades norte-coreanas que visitaram o Sul, liderando uma delegação fúnebre em 2009, após a morte do presidente Kim Dae-jung, que abriu uma era de reconciliação com Pyongyang.
Ele era particularmente próximo de Kim Jong-il, o pai do atual líder que morreu em 2011, e acredita-se que era seu "companheiro de bebida", disse o especialista em Coreia do Norte Michael Madden, do Centro Stimson, citando fontes.
(Reportagem de Jack Kim)