DUBAI (Reuters) - Os iranianos bradarão "Morte à América" enquanto Washington mantiver suas políticas hostis, mas o slogan é direcionado ao presidente Donald Trump e aos líderes dos Estados Unidos, não à nação norte-americana, disse o líder supremo do Irã nesta sexta-feira.
"Enquanto a América continuar com suas maldades, a nação iraniana não abandonará o 'Morte à América'", afirmou o aiatolá Ali Khamenei em um encontro com membros da Força Aérea do país para comemorar o 40º aniversário da Revolução Islâmica, segundo seu site oficial.
Trump retirou os EUA de um acordo nuclear que o Irã fechou com potências mundiais em 2015 e readotou sanções contra Teerã, um golpe duro na economia do país.
"'Morte à América' significa morte a Trump, a (conselheiro de Segurança Nacional) John Bolton, e a (secretário de Estado, Mike) Pompeo. Significa morte aos governantes americanos", disse Khamenei.
Os signatários europeus do acordo nuclear vêm tentando salvá-lo, mas Khamenei disse que eles não são confiáveis.
"Recomendo que ninguém confie nos europeus, assim como nos americanos", disse. "Não falamos, não temos contatos com eles, mas é uma questão de confiança".
A União Europeia intensificou suas críticas ao programa de mísseis balísticos iraniano, mas continua comprometida com o pacto de 2015.
(Reportagem da Redação de Dubai)