Por Steve Bittenbender
LOUISVILLE, Estados Unidos (Reuters) - O mundo começa nesta quinta-feira dois dias de luto por Muhammad Ali, quando o grande boxeador será homenageado com um funeral muçulmano antes de receber o adeus final em um serviço interreligioso.
Ali, uma das figuras transcendentes do século 20 por sua proeza no boxe e oposição à Guerra do Vietnã nos turbulentos anos 1960 e 1970, morreu na sexta-feira em um hospital no Arizona, Estados Unidos. Ele tinha 74 anos.
Cerca de 15 mil pessoas são esperadas para o jenazah, palavra em árabe para funeral, marcado no Freedom Hall da cidade natal de Ali, Louisville. O local foi onde Ali venceu Willi Besmanoff em 29 de novembro de 1961.
Ali e sua família planejaram o funeral por 10 anos, garantindo que iria honrar a fé muçulmana.
Nascido Cassius Clay, ele chocou a sociedade norte-americana ao mudar seu nome para Muhammad Ali em 1964 ao se juntar à Nação do Islã. Na década de 1970 ele se converteu ao Islã sunita, a maior denominação entre muçulmanos. Posteriormente ele aderiu ao sufismoi, escola mítica da fé.
Ele era admirado mundialmente e deu aos muçulmanos norte-americanos um heroi que pudessem compartilhar com o resto da nação.