Por Hugh Bronstein
BUENOS AIRES (Reuters) - Uma mulher argentina contraiu o Zika sem sair do país, indicando que o vírus pode ter sido transmitido por relação sexual, disse nesta sexta-feira uma autoridade de saúde da província de Córdoba, o que aumentou para nove o número de casos em todo o país.
Um grande surto do Zika começou no ano passado no Brasil e se espalhou por muitos países das Américas. O vírus tem sido associado com a má-formação craniana de bebês nascidos de mães infectadas.
"Estamos achando que o vírus pode ter sido transmitido por relações sexuais”, afirmou a uma rádio Francisco Fortuna, que chefia a saúde local em Córdoba, acrescentando que a paciente havia tido contato com um homem que recentemente viajara para a Colômbia.
"Este é o primeiro caso na Argentina afetando um paciente que não viajou para fora”, afirmou Fortuna. De fato, a mulher não havia nem saído de Córdoba recentemente.
O Ministério da Saúde registrara previamente oito casos de infecção do Zika em todo o país.
Cientistas investigam possíveis ligações entre o Zika em mulheres grávidas e casos suspeitos de microcefalia no Brasil, a má-formação cerebral de recém-nascidos.